Francisco Piedade

Sou um náufrago do barco do destino: Nadei, nadei, nadei à deriva e aqui vim parar.

Textos

A MORAL DA HISTÓRIA
Meus olhos oscilantes,
Fixam-se nos seus serenos;
Os meus ficam encabulados,
Pois sabem, que os seus sabem;

Minha boca tagarela,
Fala para a sua calada;
A minha fica embaraçada;
Pois sabe, que a sua sabe;

Minhas mãos sôfregas,
Roçam as suas plácidas;
As minhas ficam desconcertadas;
Pois sabem, que as suas sabem;

Minha genitália desvairada,
Procura a sua lúcida;
A minha fica envergonhada;
Pois sabe, que a sua sabe;

Meu coração tolo,
Encontra com seu onisciente;
O meu foge ruborizado;
Pois sabe, que o seu sabe,
Que sou um FINGIDO.


Francisco Piedade
Enviado por Francisco Piedade em 31/10/2009
Alterado em 11/12/2020


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