Francisco Piedade

Sou um náufrago do barco do destino: Nadei, nadei, nadei à deriva e aqui vim parar.

Textos

O VOO NOTURNO DA RAPINA.
Voando sorrateira e rasante,
Ela gira alada na noite pagã;
Com os olhos penetrantes e infravermelhos,
De garras afiadas e precisas,
Ela busca a presa indefesa e desavisada;
Tem fome de posse!
Seu instinto predador lhe mostrará o alvo;
Com uma investida súbita e certeira,
Encurralará a vítima,
Que resistirá, se debaterá, mas sucumbirá;
Mais um voo;
Mais uma presa abatida;
Mais um vazio...

Na noite seguinte,
Ela voltará a voar sorrateira e rasante:
É de sua natureza!

Francisco Piedade
Enviado por Francisco Piedade em 31/10/2009
Alterado em 25/11/2020


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