Francisco Piedade

Sou um náufrago do barco do destino: Nadei, nadei, nadei à deriva e aqui vim parar.

Textos

CINZAS DE AMOR.
Nosso amor:
Que aconteceu?
Que pena, ele morreu.
Já faz alguns anos;
Foi sem causar danos,
Que a gente nem percebeu.

Nossas bocas já não se chocam;
Nossos corpos não se notam;
Nossos olhos não se encantam;
Nossos órgãos não se encontram;
Nossas mãos já não se tocam.

Tornamo-nos pessoas estranhas;
A gente não se fala, porque se acanha;
Nossas mágoas sufocamos;
A a verdade ocultamos;
A solidão queima em nossas entranhas.

É, tudo acabou;
Que nem uma linda pétala que murchou.
Inútil tentar a verdade esconder;
A chama não voltará acender.
Do  ardente amor, apenas cinzas, é o que restou.

Francisco Piedade
Enviado por Francisco Piedade em 09/11/2009
Alterado em 08/11/2020


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