Francisco Piedade

Sou um náufrago do barco do destino: Nadei, nadei, nadei à deriva e aqui vim parar.

Textos

MADRUGADA.
...E você aí, calada, fria!
Como se fora uma crisálida;
Passando por uma metamorfose,
Há cada momento se transformando.

...E você aí, tranquila, inerte!
Testemunhando os absurdos da vida;
Contemplando os sonhos de amor Da menina romântica
E lamentando o pesadelo do moço de má vontade.

...E você aí, suave, serena!
Acariciando os corpos adormecidos dos amantes
E despertando os pássaros,
as galinhas,
O operário cedeiro...

...E você aí, calma, silenciosa!
Um elo entre a noite e o dia;
Eu, seu eterno observador;
Pois saiba que  morro todos os dias com você.



Francisco Piedade
Enviado por Francisco Piedade em 11/11/2009
Alterado em 04/11/2020


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