SAUDADE DO CADERNO.
Não sei para onde foi meu caderno.
Mas me lembro de ser bem moderno. Escondia-o em minha tira-cola E o folheava no recreio enquanto outros jogavam bola. Não sei que fim levou meu caderno. Não importa porque os versos que escrevi neles são eternos. Versos de amor e segredo. Por isso tinha medo De alguém ler a Poesia que fiz para Juliana E cair nos ouvidos de Seu Pedro. Não sei qual o paradeiro de meu caderno. Ele riria ao ver que troquei os suspensórios pelo terno. Meu fiel e primeiro amiguinho, Refugo do Poeta verdinho. O mundo de minha rudimentar fantasia. Registro de minha primeira Poesia. Não sei onde estará meu caderno. Deve está em verão, Por que estou em inverno. Meu verso entristeceu, E esperança desapareceu. Ah, que saudade de meu caderno...
Francisco Piedade
Enviado por Francisco Piedade em 24/11/2009
Alterado em 27/10/2020 |