Francisco Piedade

Sou um náufrago do barco do destino: Nadei, nadei, nadei à deriva e aqui vim parar.

Textos

ELA, A FILA.
Ela está em toda parte e é parte de todos nós .Quem  jamais a compartilhou ao menos uma única vez, que atire-me a primeira espera.

Ela existe desde os primórdios. Quando Deus criou o mundo em sete dias, algumas coisas ele priorizou nos primeiros e as demais, ficaram aguardando sua vez. Acredita-se que ali, foi formada a primeira delas. De lá para cá, ela acompanhou,se incorporou à nossa espécie e também cresceu, proliferou e se corrompeu.

São vistas  em várias formas e tamanhos. Há a fila dos sonhos:
O sonho de encontrar o Amor perfeito; A felicidade plena;  O paraíso; A longevidade e o que dizer do sonho de consumo, hein?. (Em qual delas você se encontra agora?)

Há filas divertidas e agonizantes. Há fila para nascer, para viver e para morrer...
Têm filas curtas e longas; Provisórias e permanentes; Concretas e imaginárias; Da multidão e da solidão...

A fila é um instrumento de prazer para os masoquistas; A válvula de escape para os inconformados; A oportunidade para  os incorrigíveis conquistadores; Fonte de inspiração para os artistas; Veículo de reflexão para os espiritualistas; Deleite para os conversadores crônicos; A exaltação dos alienados; O lamento dos oportunistas; O início de algo, ou o fim de alguma coisa.

Nos tempos atuais, surgiram várias modalidades de fila e com elas, a figura curiosa do “FILÓLOGO”

Pois é, as filas de ontem, as de hoje e as de amanhã...
E se você gostou e quiser mais, entre  na fila.



Francisco Piedade
Enviado por Francisco Piedade em 14/10/2010
Alterado em 11/03/2017


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